terça-feira, 21 de outubro de 2008

Alguém aí já...

Alguém aí já....


Sentiu uma ausência visceral?


Implorou a Deus por um milagre?


Achou que era possível morrer de tanto amor?


Desejou reduzir-se a uma ostra (e ser degustada pelo George Clooney)?


Desejou transformar-se em um seco espantalho no Texas?


Invejou a autoconfiança de uma cachorro de rua?


Sentiu-se a critura mais só do planeta?


Chorou ao ver os varredores de rua sentados atrás do caminhão de lixo, com suas marmitas e garrafinhas de coca cola?

domingo, 19 de outubro de 2008

Sobre fronteiras e delicadeza

Não sei se é o caso do leitor que agora acompanha minha escrita, mas muito me aborrece pessoas que limitam-se ás fronteiras de seu próprio bairro. Conhecem alguém assim? Gente que diz não ter porque ir para longe, se tudo que precisa está ali, uma rua acima ou uma rua abaixo. Gente que só deixa de cortar o cabelo com um determinado barbeiro, quando o cara estica as canelas. Tudo bem, admito, preciso respeitar que as pessoas são diferentes, e mesmo que sejam diferentes de mim, suas escolhas são legítmas em suas histórias. Acontece que sou uma criatura que aprecia regiões de fronteira. Ser estrangeira, forasteira, alguém que vem de fora, de não pertencer a nenhum grupo, permite-me ter "olhos de fora". Saio no lucro, tanto quando vejo o que não conheço como quando revejo o que me é familair com outros olhos, olhos de quem bebeu de outras fontes. Esse movimento de estranhamento, é um exercício que pode se aprender a apreciar. Não há tédio, pois podemos estranhar até o que nos é conhecido!
Como sabem, dentro em breve serei de fato uma estrangeira, vivendo em outro país. Como será por um período relativamento longo, preocupa-me a questão da delicadeza com os nascidos naquele lugar. As vezes sou desatenta, e deixo escapar cuidados com quem me rodeia, perco a chance de ser delicada. Naõ gostaria que isso acontecesse lá. E mais, temo ser indelicada. Mesmo sendo a mesma língua, os povos elegem palavras diferentes como "bigornas" comunicacionais. E se uso uma palavra que para nós é frugal e pra eles seria digna de puxar a pexeira! Muita atenção e nada de adivinhação, o jeito é perguntar como melhor convém, sempre....

sábado, 18 de outubro de 2008

Uso poético da internet: faça sua própria antologia do poetinha!

Quem gosta de poesia e do Vinícius de Moraes, cuja frase citei no post anterior, vai amar o site www.viniciusdemoraes.com.br.
Lá você poderá preparar sua própria antologia do poetinha, selecionando poemas e textos de Vinicius que você mais aprecia, e ainda escolher uma capa, escrever comentários e passar o link para os amigos lerem! Não é lindo?!
Quero receber muitas antologias! Assim que estiver mais folgada (será que isso vai acontecer um dia?) também vou fazer a minha....
Para encerrar, mais uma do poeta..."Meu tempo é quando".

Ai, que triste....

Nas palavras do poeta Vinicius de Moraes, "a vida só se dá pra quem se entrega..."

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vovó Sandra, cuide-se!

Talvez a proximidade da viagem, não sei, mas tô sofrendo de saudade antecipada das minhas irmãs. Daí vou aproveitar para postar um texto de uma delas, da Ana Geysa, originalmente postado no blog www.manualdacegonha.blogspot.com, de sua autoria. O texto é um dos meus preferidos. Desde os nove anos ela escreve assim! Aí vai.

Denúncia Vovó Sandra!

Meu Deus ... hoje vivi uma tarde tensa.

Voltei as pazes com a babá eletrônica do Sávio.
Pensei: "ah! tá de dia, vou liga-la aqui enquanto lavo a louça e ele engatinha no quarto."

Meu bairro é lotado de bebês, pra onde eu olho pelas janelas, vejo quartos de bebês, áreas privativas cheias de brinquedos, babás vestidinhas de branco, choro de bebê, riso de bebê, bebê, bebê e mais bebês.

Pois é, essa quantidade de bebê é igualmente justa a quantidade de babás eltrônicas dando interferência na do Sávio.

Na mesma hora que liguei "pimba"!
Ouvi outros bebês ...
Mexi na frequência ...
Mais outros bebês.
Até que, de repente ouvi : " Nenê num vai contar mamãe que eu te deixei molhado? Nem pro papai!"

Ahn?! Que coisa estranha! Essa frase era dita cantada!

A pessoa continuava a cantar isso, e outras revelações bombásticas!

Pensei: " É uma babá que tá sacaneando o bebê! "
Continuei a ouvir, me sentindo num filme policial assitindo um crime.

Até que : " A vovó Sandra, vai comer primeiro! A Carol vai esperar..."!

Putz! Eu tenho o nome da criminosa e da vítima.
Rapidamente peguei a babá do Sávio e mandei meu recado.
Pois se eu a escuto, quem sabe ela me escuta tbm?!

" Sandra, eu sei quem vc é! Eu sei oq fez ... (risos) Troca a fralda da Carol AGORA!"

O fato é, que ou a vovó Sandra ouviu meu recado, ou desligou a babá, pois eu não ouvi mais nada.

Há há há ... Véia, eu tô de olho em vc nêga!

Ninguém judia de bebê na minha área não senhora!
Afinal de contas, o presidente do conselho tutelar na minha região mora em baixo de mim!
Nada é por acaso. * Piscadinha de Missão Impossível"

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Pão de queijo, acarajé, galinhada, pastel de feira, feijão troupeiro, beiju, tiramissu...e pastel de Santa Clara!

Meu blog de viagem está na semente, já dá pra ver a carinha dele (wwww. pastelsantaclara.blogspot.com), embora esteja "peladinho da silva", esperando as histórias que estão por vir. O nome "Pastel de Santa Clara" era o meu preferido na enquete! Gulosa que sou, acho que poucas coisas dizem mais de um povo e de uma viagem que as comidas saboreadas! Pão de queijo mineiro, sarapatel nas festas juninas de Salvador, galinhada uberabense, ameixa de Araxá, pastel de feira em São Paulo, feijão troupeiro de Belo Horizonte, beiju da Chapada Diamantina, tiramissu da Fancesca... Talvez um dia escreva uma biografia "gastronômica", falando da minha vida a partir dos alimentos que marcaram cada fase, cada encontro. Quando menina, gelatina colorida preparada pela minha mãe na volta da escola. As rosquinhas vendidas no cesto comidas no café da manhã (sinto o cheiro!). O bolo peteleco da minha tia Lucinha, sempre amorosa e risonha.O bolo da minha vó Lina servido com o café com leite branquelo. Mais tarde, descobri que mais interessante que receber o alimento, era oferecer. Para mim, cozinhar é um exercício de amor. Planejar pensando nas preferências e limitações, tentar combinar o que já é conhecido e adorado na mesa com aventuras inéditas para o paladar, colocar uma singela florzinha..Outro dia vi na televisão sobre alimentos considerados pelos chefs "acolhedores", como baunilha. Dá pra perceber que fiquei feliz com o nome, né? Vou achar uma receita de pastel de Santa Clara pra colcoar no blog. Por enquanto continuo no viveiro, minha casa.

sábado, 11 de outubro de 2008

Sabe aquele assunto passado de mandar cartas e receber? Pois outro dia estava eu no correio e eis que derepente me aparece um pequeno menino com cartas na mão, não resisti e perguntei para a mãe dele, ele escreve cartas?Quem incentivou? e disparei a fazer perguntas. A mãe me respondeu que ela tinha estimulado o pequeno Nicolas a escrever e ele mandava e recebia cartas desde então, muito lindo ele troca correspondência com primos e amiguinhos. Muito bem Nicolas, continua quem sabe um dia alguém escreve um livro com sua história e como vc manteve as pessoas amigas perto de vc. Escrevam cartas ao amigos, parentes e a todos que vc ama, no mínimo dizendo isso, diga a quem vc gosta que " gosta dele" e que tem saudade, eu vou fazer isso a todos que amo.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008