quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Sei espetar!


Andei sumida, deixei meu jardim á doce vilania das lagartas, que de vilãs nada têm! Grande momento em minha vida, preparando o texto da qualificação, organinzando-me para uma grande viagem...E meus "blogs", meus pequenos jardins de idéias, nos quais acabo cultivando o que tenho de mais precioso, não no sentido de "culto" (sei bem meu lugar na insignificância da vida...), mas como "cuidado" de mim mesma, têm sido deixados de lado. Mas hoje, tirei o dia para flanar pelo mundo virtual, encontrei cada belezura que me deu vontade de escrever aqui. E mais, me deu vontade de me implicar na escrita, sim, de deixar claríssimo que sou eu Ana Paula que se pronuncia. Como tem gente bancana escrevendo na net, como os blogs têm sido utilizados por essas pessoas como refúgios-vitrines de si mesmas! Acho que se der tudo certo e minha viagem acontecer, no meu blog de viagem, só falarei de mim e do que sinto a partir do que vejo! Não, não se trata de um surto egocêntrico, mas de uma forma de eu me reencontrar, de voltar a dialogar comigo mesma. Porque nessa coisa acadêmica de doutorado, falo muito com o Chauraudeu, Nietzchie, Claparede....Gente bacana, é verdade...Mas sinto saudades de mim...Como alguém que eu gosto muito me disse uma dia, ser eu mesma em todos os lugares, ser inteira. Permiti-me quebrar. E de mim fizeram-se pedaços cortantes, quase letais. Nada que um bom lapidador não dê jeito. Ou que fique a lança pontiaguda do que posso ser, intacta, uma espécie de Marco Zero da AP, para eu não me esquecer de certas emboscadas em que nos metemos. Não que eu vá me esquivar das emboscadas, o que seria a vida sem a delícia dos acontecimentos tocaiados?, mas quando me lançar novamente nesses jogos vou armada das faces pontiagudas que em mim passaram a residir. Não são resquícios de amargura, tampouco sinalizam que viverei na defensiva...Minhas lanças dirão a quem quiser se aproximar: cuidado, pareço uma rosa, mas meus espinhos estão aí, sei espetar....

Um comentário:

Regina Gonçalves disse...

Ana Paula, parabéns pela poesia do texto, sugiro a leitura de Elisa Lucinda que vou regatar o título a você, fala deste assunto.
Regina Gonçalves