quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Véspera de Natal, amor e jardins

É difícil falar de amor sem parecer piegas. Mas como disse uma das vozes de Pessoa, "todas as cartas de amor são ridículas e não seriam cartas de amor se não fossem ridículas..". Então, nesta véspera de Natal, entrego-me a pieguice para falar de amor, que é o que realmente importa nesta vida (na minha opinião). Eu como tantas criaturas por aí gostaria muito de entender este sentimento. Não falo tão somente do amor entre um homem e uma mulher, mas também deste. Falo do amor que senti instantaneamente ao ver meu cachorro ruivo ainda bebê as margens de um rio, abandonado, amor que senti ao olhar para os olhos dele. Falo ainda do amor que sinto pelo meu sobrinho, que só faz aumentar e que me dá a sensação que não caberá no meu peito. Lembro que quando menina e minha mãe aprovou termos mais de um cachorro a aflição que senti ao pensar que talvez não houvesse amor para todos em mim. Mas o amor é este sentimento que multiplica-se, soma, que agrega, que partilha....Normalmente falamos pouco desse amor, ocupamo-nos muito dos amores que unem casais. Eu mesma, vez ou outra encontro-me envolvida em alguma "especulação mental" se é amor ou o que os fulanos sentem, ou o que eu mesma sinto. Para mim, o pior sentimento que pode associar-se ao amor é o medo. Medo de perder o outro, medo que o outro ame um outro, medo de mostrar-se como realmente se é... Quando as pessoas têm medo o amor perde sua beleza e morre. E o amor é um sentimento de vida, ele tem esse poder de despertar a vida nas pessoas (que sorriem mais, que ficam melhores, que se arrumam mais, que espalham flores, que dizem mansidões....). Em resumo, para mim, se houver dúvida se é amor o que está se viver e se é um amor bom, a pergunta a ser feita é: é fértil? há um jardim a florescer, mesmo que de pimentas? E se isso estiver a acontecer para os envolvidos, este é um amor que vale a pena ser cuidado, um amor bom...Mas é mais fácil o desacato ao entendimento, a guerra á paz, a separação ao encontro...É uma pena. Mas a vida continua e o amor continua a acontecer gratuitamente em nossos corações inesperadamente (não é o que chamamos de benção?).
Desejo a todos neste Natal encontros de puro amor! O amor que dá vida aos olhos, aquece o coração e materializa-se em gestos, palavras e carinhos...
Foto Largo da Graça, quando fomos ver um coral de Natal.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O que aquece o coração


E o que é a vida senão os momentos que o coração fica aquecido? Uma sanfona (mesmo que pareça de brinquedo) e ainda vermelha tem reunido toda minha alegria, o som é minha voz e expressa a matéria da minha alma!
PS: Ainda é só barulho, mas eu chego lá....

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O blog da Leila Ferreira

Leila Ferreira e seu blog: http://www.nosmulheres.globolog.com.br/
Imperdível!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Exorcismo


Esse moço deveria ter mais espaço na mídia, não?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

Tempo delicado


Surge a dúvida: termino ou não esse relacionamento? Saio ou não dessa empresa? Viajo ou compro um celular? Ser delicado com a gente mesmo é nesse momento de dúvida dar um tempo à nossa alma. Não é fácil. A ansiedade vem cobrando, sem dó, a resposta. E e quero agora a resposta! Mas a delicadeza tem que ser mais forte. Eu vou esperar mais um pouquinho, ser delicada comigo, esperar a dúvida passar e a resposta chegar.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Já a minha vontade de alegria....


Com licença poética

Adélia Prado

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta,
anunciou:vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza eora sim,
ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.Inauguro linhagens,
fundo reinos— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Delicadeza lusitana

Desde o dia que desembarquei em Lisboa tenho sido surpreendida por delicadezas. O casal que me acolhe, Tess e Luigi, têm olhos atentos a todas minha necessidades, e vão além, providenciam pequenos mimos para tornar minha existência aqui mais doce. Como dizia Mário Quintana, uma espécie de surra as avessas que você não pode reagir. Na realidade parece que nem todos brasileiros aqui têm tido a mesma sorte e relatam o de sempre em qualquer país, "grosserias". Bom, eu não tenho nenhuma queixa, nenhuma. O universo está conspirando a meu favor e não vou fingrque não estou vendo. A Tess e o Luigi são uns amores, pessoas raras, artistas, preocupados com a bondade no mundo e com o consumo exacerbado, gostam de Nietzche, o Luigi toca violão lindamente. Antes de vir já havia percebido que pessoas eram...Nossa troca de emails á espera de uma vale postal no lugar da sisudez de um negócio era poesia, falávamos do clima, da família, das lembranças...E agora, pedaços de panetone, checagens sobre meu bem estar, disponibilidade em me ensinar tudo, disposição para ir de metrô comigo para tratar assuntos meus....E agora essa, chego ontem a noite da faculdade e ao abri a porta do quarto escuro deparo-me com esta encantadora imagem! Um vaso de Natal iluminado...Como é bom uma surpresa assim, meu Deus! Que coisa linda! Coome deixou leve e feliz essa delicadeza!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Tess e Luigi..temo que não existam....

PS: Enquanto escrevo uma gaivota pousou em uma chaminé me encara...Coisa linda e boba! Tirei fotos, veja no www.pastelsantacalra.blogspot.com

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Delicadeza visual




terça-feira, 11 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Um sonho de liberdade...


Ontem vimos mais uma vez Um sonho de liberdade. Minha amiga Rozane Suzart que tem um "blog leigo sobre cienema" (www.cinezart.blospot.com) ainda não falou sobre ele lá, mas poderia. Como é possível um filme sobre a rotina de um presídio e suas atrocidades ser delicado? Sim, quando compondo o pelotão de homens a margem do que é socialmente aceito encontramos um homem como o personagem interpretado pela gracinha do Tim Robbins, um homem essencialmente bom e íntegro. Embora sofrendo todo tipo de aviltaento moral e físico, ele não se contamina pela ruindade generalizada. Há poesia em seu jeito de existir. Penso que as pessoas mostram o que são nos momentos de adversidade. Aborreço-me quando percebo que estou mal humorada, irritada e sendo indelicada se a situação de alguma maneira me maltrata. Desejo ser nobre,mas invariavelmente fracasso. Já presenciei fracassos piores que o meu. Mas Andy, o personagem da gracinha do Tim (oi, Tim, passa lá em casa!), é impecável. Mantém vivo em um discurso de sofrimento e dor a esperança, a beleza, a amaizade...Manter vivo dentro da gente o que temos de humano e bom, mesmo que a vida apareça como um jardim de espinhos. A cena colhida no youtube é uma das minhas preferidas, quando ele brinda os ouvidos pouco acostumados com o erudito com Mozart. É uma transgressão, ele recebe de pena duas semanas de solitaria. Mas ele diz não ter ficado sozinho no confinamento, Mozart esteve com ele "no pensamento e no coração". Prescrição: filme bom para ser visto quando nossa esperança na humanidade anda em baixa....

terça-feira, 4 de novembro de 2008

pq?

pq sempre chego depois que a pesquisa termina...e tá encerrada a votação....pq????

pq?

Gente fina, elegante, sincera....

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Alguém aí já...

Alguém aí já....


Sentiu uma ausência visceral?


Implorou a Deus por um milagre?


Achou que era possível morrer de tanto amor?


Desejou reduzir-se a uma ostra (e ser degustada pelo George Clooney)?


Desejou transformar-se em um seco espantalho no Texas?


Invejou a autoconfiança de uma cachorro de rua?


Sentiu-se a critura mais só do planeta?


Chorou ao ver os varredores de rua sentados atrás do caminhão de lixo, com suas marmitas e garrafinhas de coca cola?

domingo, 19 de outubro de 2008

Sobre fronteiras e delicadeza

Não sei se é o caso do leitor que agora acompanha minha escrita, mas muito me aborrece pessoas que limitam-se ás fronteiras de seu próprio bairro. Conhecem alguém assim? Gente que diz não ter porque ir para longe, se tudo que precisa está ali, uma rua acima ou uma rua abaixo. Gente que só deixa de cortar o cabelo com um determinado barbeiro, quando o cara estica as canelas. Tudo bem, admito, preciso respeitar que as pessoas são diferentes, e mesmo que sejam diferentes de mim, suas escolhas são legítmas em suas histórias. Acontece que sou uma criatura que aprecia regiões de fronteira. Ser estrangeira, forasteira, alguém que vem de fora, de não pertencer a nenhum grupo, permite-me ter "olhos de fora". Saio no lucro, tanto quando vejo o que não conheço como quando revejo o que me é familair com outros olhos, olhos de quem bebeu de outras fontes. Esse movimento de estranhamento, é um exercício que pode se aprender a apreciar. Não há tédio, pois podemos estranhar até o que nos é conhecido!
Como sabem, dentro em breve serei de fato uma estrangeira, vivendo em outro país. Como será por um período relativamento longo, preocupa-me a questão da delicadeza com os nascidos naquele lugar. As vezes sou desatenta, e deixo escapar cuidados com quem me rodeia, perco a chance de ser delicada. Naõ gostaria que isso acontecesse lá. E mais, temo ser indelicada. Mesmo sendo a mesma língua, os povos elegem palavras diferentes como "bigornas" comunicacionais. E se uso uma palavra que para nós é frugal e pra eles seria digna de puxar a pexeira! Muita atenção e nada de adivinhação, o jeito é perguntar como melhor convém, sempre....

sábado, 18 de outubro de 2008

Uso poético da internet: faça sua própria antologia do poetinha!

Quem gosta de poesia e do Vinícius de Moraes, cuja frase citei no post anterior, vai amar o site www.viniciusdemoraes.com.br.
Lá você poderá preparar sua própria antologia do poetinha, selecionando poemas e textos de Vinicius que você mais aprecia, e ainda escolher uma capa, escrever comentários e passar o link para os amigos lerem! Não é lindo?!
Quero receber muitas antologias! Assim que estiver mais folgada (será que isso vai acontecer um dia?) também vou fazer a minha....
Para encerrar, mais uma do poeta..."Meu tempo é quando".

Ai, que triste....

Nas palavras do poeta Vinicius de Moraes, "a vida só se dá pra quem se entrega..."

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vovó Sandra, cuide-se!

Talvez a proximidade da viagem, não sei, mas tô sofrendo de saudade antecipada das minhas irmãs. Daí vou aproveitar para postar um texto de uma delas, da Ana Geysa, originalmente postado no blog www.manualdacegonha.blogspot.com, de sua autoria. O texto é um dos meus preferidos. Desde os nove anos ela escreve assim! Aí vai.

Denúncia Vovó Sandra!

Meu Deus ... hoje vivi uma tarde tensa.

Voltei as pazes com a babá eletrônica do Sávio.
Pensei: "ah! tá de dia, vou liga-la aqui enquanto lavo a louça e ele engatinha no quarto."

Meu bairro é lotado de bebês, pra onde eu olho pelas janelas, vejo quartos de bebês, áreas privativas cheias de brinquedos, babás vestidinhas de branco, choro de bebê, riso de bebê, bebê, bebê e mais bebês.

Pois é, essa quantidade de bebê é igualmente justa a quantidade de babás eltrônicas dando interferência na do Sávio.

Na mesma hora que liguei "pimba"!
Ouvi outros bebês ...
Mexi na frequência ...
Mais outros bebês.
Até que, de repente ouvi : " Nenê num vai contar mamãe que eu te deixei molhado? Nem pro papai!"

Ahn?! Que coisa estranha! Essa frase era dita cantada!

A pessoa continuava a cantar isso, e outras revelações bombásticas!

Pensei: " É uma babá que tá sacaneando o bebê! "
Continuei a ouvir, me sentindo num filme policial assitindo um crime.

Até que : " A vovó Sandra, vai comer primeiro! A Carol vai esperar..."!

Putz! Eu tenho o nome da criminosa e da vítima.
Rapidamente peguei a babá do Sávio e mandei meu recado.
Pois se eu a escuto, quem sabe ela me escuta tbm?!

" Sandra, eu sei quem vc é! Eu sei oq fez ... (risos) Troca a fralda da Carol AGORA!"

O fato é, que ou a vovó Sandra ouviu meu recado, ou desligou a babá, pois eu não ouvi mais nada.

Há há há ... Véia, eu tô de olho em vc nêga!

Ninguém judia de bebê na minha área não senhora!
Afinal de contas, o presidente do conselho tutelar na minha região mora em baixo de mim!
Nada é por acaso. * Piscadinha de Missão Impossível"

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Pão de queijo, acarajé, galinhada, pastel de feira, feijão troupeiro, beiju, tiramissu...e pastel de Santa Clara!

Meu blog de viagem está na semente, já dá pra ver a carinha dele (wwww. pastelsantaclara.blogspot.com), embora esteja "peladinho da silva", esperando as histórias que estão por vir. O nome "Pastel de Santa Clara" era o meu preferido na enquete! Gulosa que sou, acho que poucas coisas dizem mais de um povo e de uma viagem que as comidas saboreadas! Pão de queijo mineiro, sarapatel nas festas juninas de Salvador, galinhada uberabense, ameixa de Araxá, pastel de feira em São Paulo, feijão troupeiro de Belo Horizonte, beiju da Chapada Diamantina, tiramissu da Fancesca... Talvez um dia escreva uma biografia "gastronômica", falando da minha vida a partir dos alimentos que marcaram cada fase, cada encontro. Quando menina, gelatina colorida preparada pela minha mãe na volta da escola. As rosquinhas vendidas no cesto comidas no café da manhã (sinto o cheiro!). O bolo peteleco da minha tia Lucinha, sempre amorosa e risonha.O bolo da minha vó Lina servido com o café com leite branquelo. Mais tarde, descobri que mais interessante que receber o alimento, era oferecer. Para mim, cozinhar é um exercício de amor. Planejar pensando nas preferências e limitações, tentar combinar o que já é conhecido e adorado na mesa com aventuras inéditas para o paladar, colocar uma singela florzinha..Outro dia vi na televisão sobre alimentos considerados pelos chefs "acolhedores", como baunilha. Dá pra perceber que fiquei feliz com o nome, né? Vou achar uma receita de pastel de Santa Clara pra colcoar no blog. Por enquanto continuo no viveiro, minha casa.

sábado, 11 de outubro de 2008

Sabe aquele assunto passado de mandar cartas e receber? Pois outro dia estava eu no correio e eis que derepente me aparece um pequeno menino com cartas na mão, não resisti e perguntei para a mãe dele, ele escreve cartas?Quem incentivou? e disparei a fazer perguntas. A mãe me respondeu que ela tinha estimulado o pequeno Nicolas a escrever e ele mandava e recebia cartas desde então, muito lindo ele troca correspondência com primos e amiguinhos. Muito bem Nicolas, continua quem sabe um dia alguém escreve um livro com sua história e como vc manteve as pessoas amigas perto de vc. Escrevam cartas ao amigos, parentes e a todos que vc ama, no mínimo dizendo isso, diga a quem vc gosta que " gosta dele" e que tem saudade, eu vou fazer isso a todos que amo.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Antes do pôr do sol

Doce e delicado...Quem ainda não viu, veja... Antes do pôr do sol (Before Sunset) é uma continuação (Before Sunrise). Mergulhe na linda história de amor de Celine e Jesse. Os diálogos são intensos e profundos, eles falam de suas dores com poesia, da falta que um fez na vida do outro. Gosto especialmente do sonho de Jesse com a Celine grávida...Ele toca o pé dela no sonho e de tão macio que é, acorda chorando...O amor dá medo, não é para qualquer um...Quem nos presenteia com isso, meu Deus...? A vida não é merecimento, também não deve se esperar justiça...Esperamos a graça de uma amor delicado, meu Deus...

domingo, 21 de setembro de 2008

Perfume de mulher...

Isso é delicado?

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Já não tenho vergonha de ser meiga


“As pessoas passam metade da vida a matratar-se uma às outras, por medo e necessidade de afirmação. É uma actividade triste e profundamente inútil. Já não tenho vergonha de ser meiga”

Inês Pedrosa, Nas tuas mãos

Sei espetar!


Andei sumida, deixei meu jardim á doce vilania das lagartas, que de vilãs nada têm! Grande momento em minha vida, preparando o texto da qualificação, organinzando-me para uma grande viagem...E meus "blogs", meus pequenos jardins de idéias, nos quais acabo cultivando o que tenho de mais precioso, não no sentido de "culto" (sei bem meu lugar na insignificância da vida...), mas como "cuidado" de mim mesma, têm sido deixados de lado. Mas hoje, tirei o dia para flanar pelo mundo virtual, encontrei cada belezura que me deu vontade de escrever aqui. E mais, me deu vontade de me implicar na escrita, sim, de deixar claríssimo que sou eu Ana Paula que se pronuncia. Como tem gente bancana escrevendo na net, como os blogs têm sido utilizados por essas pessoas como refúgios-vitrines de si mesmas! Acho que se der tudo certo e minha viagem acontecer, no meu blog de viagem, só falarei de mim e do que sinto a partir do que vejo! Não, não se trata de um surto egocêntrico, mas de uma forma de eu me reencontrar, de voltar a dialogar comigo mesma. Porque nessa coisa acadêmica de doutorado, falo muito com o Chauraudeu, Nietzchie, Claparede....Gente bacana, é verdade...Mas sinto saudades de mim...Como alguém que eu gosto muito me disse uma dia, ser eu mesma em todos os lugares, ser inteira. Permiti-me quebrar. E de mim fizeram-se pedaços cortantes, quase letais. Nada que um bom lapidador não dê jeito. Ou que fique a lança pontiaguda do que posso ser, intacta, uma espécie de Marco Zero da AP, para eu não me esquecer de certas emboscadas em que nos metemos. Não que eu vá me esquivar das emboscadas, o que seria a vida sem a delícia dos acontecimentos tocaiados?, mas quando me lançar novamente nesses jogos vou armada das faces pontiagudas que em mim passaram a residir. Não são resquícios de amargura, tampouco sinalizam que viverei na defensiva...Minhas lanças dirão a quem quiser se aproximar: cuidado, pareço uma rosa, mas meus espinhos estão aí, sei espetar....

quinta-feira, 4 de setembro de 2008



aqui vai o carinho que não foi na outra.
Será que a delicadeza é um dom? Será que todos nós nascemos com ela, já pronta? Será que tem que ser ensinada? Cultivada? Será que o amor ajuda a desenvolver a danadinha? Ai quantos porques, sem respostas, será que digo o que penso a respeito? Aqui vai uma delicadeza minhas a todos que olharem esse blog

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Roberto Justus e House: topetes, arrogânca, ferraduras e alfafa

Assinates da TV a cabo já devem ter cruzado com o seriado House. Parece ser mais um seriado sobre o cotidiano emocionate de médicos e seus terríveis dilemas de vida e morte. Mas não é. House é um médico bambambam que supervisiona jovens médicos e se destaca por percorrer caminhos pouco usuais em busca de diagnósicos em casos nos quais a doença se apresenta como um quebra cabeça. Ele parece inteligente da maneira como descrevi, e é. Mas o Dr. House é um monstro insensível e grosseiro, que diz o que pensa a qulquer um, sem usar nehum tipo filtro. Trata anões como aberrações, bebês que colocam as mães em risco como "parasitas", despreza a dor física em quem já tomou os níveis máximos de analgésicos, auxilia doentes a cometerem siicídio se lhe for conveniente. Ridiculariza, humilha, constrange seus pupilos. Vive para o trabalho (esconde-se no trablaho...). Mas o que me incomoda nesse personagem é como as pessoas o admiram, no seriado e na vida real. Alguns aceditam ser legítmo o comportamento de bábarie dele, já que ele é muito competente. Desde quando você ser um bom profisisonal é uma espécie de alforria para ter respeito para com os demais? No Brasil, temos um caso semelnate, e inversamente proporcional no que diz respeito a inteligência. O programa O Aprendiz, apresentado por Roberto Justus, é acompanhado por sei lá qunatas pessoas, ávidas por ver o Justus dizer verdades na cara dos candidatos, expulsá-los, corrigi-los (do ponto de vista dele, calro) sem nenhum tipo de cuidado. Roberto Justus e House são homens poderosos (embora o médico use uma muleta e seja viciado em drogas) porque são considerados competentes no que fazem, e portanto podem expressar-se do jeito que bem quiserem. Se vão falar uma verdade, o outro que escute o que vai ser dito com gratidão! Por favor, alguém aí mais se incomoda como esses personagens (e o Justus com sua escovinha diária nem personagem é...)? Por que as pessoas têm atração por esse tipo de expressão de poder? Pode haver poder com tenrura? Mesmo que as formas discursivas adotadas por esse cavalos sapiens "funcione" não poderíamos esperar manifestações mais delicadas, masi inteligentes? Voltarei nesse assunto....

domingo, 17 de agosto de 2008

PATRONAGEM

O que significa ser patrono de uma turma de estudantes de Comunicação Social, que se formam como Jornalistas?
Isso no coração do Brasil. Um lugar colonizado por alemães, quase na Bahia, que se chama Teófilo Otoni. Prefiro deixar a emoção passar agora e contar depois, quando voltar desse evento de afeto e delicadeza.

Um ponto de vista diferente...

Nós, mulheres quase sempre estamos reclamando dos homens. As reclamações formam uma lista interminável: não gostam de conversar, não sabem expressar os sentimentos, desaparecem, são grosseiros, não são delicados...

Mas o que podemos dizer da “delicadeza” própria e singular do homem que diz: “o que você precisa”? Ou “eu gosto de te atender” ou ainda “ Não desista de seus sonhos” e “Eu aceito seu pedido de desculpas".Todas essas manifestações não expressam a mais alta categoria de delicadeza? E qual mulher nunca ouviu de um homem declarações do tipo: você faz parte do meu universo, você é especial e única , eu não vou desistir de você ....

Ruth Mendes

Postado por Ana Paula
Autoria de Ruth Mendes

sábado, 16 de agosto de 2008

Que indelicadeza!!!


Um lugar fácil pra presenciar manifestações indelicadas é no trânsito. A última que presenciei foi de doer! O farol estava fechado, tinha um carro de auto-escola a uns 200 metros pra trás do farol, esperando...sinal verde, a fila anda, o cara que estava dirigindo o carro da auto-escola demora alguns segundo para sair, e ai o motorista "educado" e "paciente" que estava atrás mete o dedo na buzina e (pasmem!!) ultrapassa pela direita e acreditem, não tinha outra faixa na direita, o "educado" espremeu o cara da auto-escola!! Aquilo me deixou indignada!

sábado, 9 de agosto de 2008

O que é delicadeza afinal? Fico aqui pensando com meus botões, será que é a sinceridade da amizade?O calar para não dizer o que não acrescenta?Ou dizer mesmo que doa, por amor?Ou ficar do lado sem dizer nada..... só de compania
é retribuir um sorriso?é dar um presente sem data importante nenhuma só pelo prazer de ver a carinha do outro feliz? O que é delicadeza afinal? vou continuar aqui com meus botões, esperando que alguém delicadamente me diga o que acha.

sábado, 2 de agosto de 2008

Dias mais delicados...


Cara de pimentãoAtualmente, quando vou á praia, sinto saudade de quando ir á praia (ou á piscina) era infinitamente mais simples. Na minha adolescência, eu passava o dia inteiro no clube. A maior parte do tempo na piscina. Eu sempre amei nadar e voltava para casa no final do dia com os olhos irritadíssimos de cloro, o rosto vermelho e ardendo do excesso de sol. Minhas irmãs e eu fazíamos tudo errado se consideramos as orientações atuais. Chegávamos cedo, mas estávamos sob o sol nos horários ruins e com certeza usávamos o filtro solar em quantidades insuficientes para o tempo de exposição. Embora ter um corpo bonito já fosse uma preocupação na época, isso não era importante que comprometesse o aproveitamento do dia! Se estivesse com vontade e fome, comia sem remorso o pastel frito mais calórico do pedaço. Se a “brincadeira” pedisse, eu até corria de biquíni pelo clube!

“Tenho que” e depois “tenho que” sem esquecer que ainda “tenho que”...
Hoje, tudo tão diferente...Mesmo gostando de sol (me dá prazer senti-lo na pele) eu o evito. Para ir á praia preciso de chapéu, óculos escuros, filtro solar (um para o rosto e outro para o corpo), água para hidratar, tenho horário para chegar e para ir embora, tenho que checar se é necessário repassar o filtro de tempos em tempos, no dia anterior preciso deitar relativamente cedo para não perder hora (meu Deus, um divertimento com hora marcada...), se nado sei que depois precisarei de cuidados extras para os cabelos. Se resolvo tomar um simples picolé o porqueira se transforma ainda no palito sob meu olhar guloso em um número: são as calorias que irei ingerir! E na hora de entrar na água, ai que chatice, dá uma vergonha danada ir até a água com todos me olhando. Nunca estou suficientemente magra para me sentir a vontade para entrar na água! Era muito boa a indiferença pueril pelos olhares dos outros! Queria muito recuperar aquela indiferença....Eu sei, eu sei, eu sei: essas coisas estão provavelmente mais em mim que nos outros.


Sem lenço sem documento...O que sei é que estas reflexões me fazem pensar em como a vida atual e de adulto pode ser cheia de “amarras” existenciais. Ta certo que o sol é uma questão de saúde, mas são tantas as imposições as quais nos submetemos que o filtro solar passa a ser apenas mais um peso em nossa lista de “preocupações” diárias. Eu gostaria de poder experimentar um dia (ou quem sabe uma semana....) sem cumprir nenhum desses compromissos (alguém sabe a etimologia da palavra compromisso?)! Sair cedo sem filtro solar e sentir o quentinho na face limpa. Sair sem precisar carregar uma bolsa com documentos, celular, sem fazer contas do dinheiro vou gastar e do quanto precisarei sacar. Não ter bagagem pesada, melhor ainda, não ter bagagem! Olhar um pote açaí sem pensar nas calorias ali presentes. Poder sorrir para as pessoas, sem ficar especulando sobre o que elas irão pensar. Dormir sem passar nenhum creme. Não precisar pintar o cabelo para cobrir um fio branco sequer!!!!!!!!!! E poder, num dia quente, largar a canga na areia (sem me preocupar se ela estará ali na volta...) e correr para o mar, sem pensar em celulite e quilos a mais...Correr como se eu tivesse 5 anos de idade...



quarta-feira, 30 de julho de 2008

Cidades delicadas

Há um livro do Italo Calvino chamado Cidades Invisíveis que adoro. Como o título diz, fala de cidades, sob o olhar de um estrangeiro. Os que me conhecem um pouco sabem da minha tendência nômade, a estrangeira que se instalou em mim. Saio, conheço outros mundos, sou estrangeira. Regresso, volto a minha casa, mas já não sou a mesma que partiu, agora sou uma estrangeira em meu próprio lar. E esse olhar distanciado que acabei cultivando em mim, um jeito de pertencer sem pertencer, me revela algumas coisas sobre as cidades que já chamei de lar, e outras pelas quais passei. É comum as pessoas dizerem que nas cidades pequenas as pessoas são mais gentis, dizem bom dia quando cruzam com a gente, se importam com os vizinhos. E, em contrapartida, as grandes cidades são lugares frios e hostis. Mas depois de muitas andanças, de conhecer cidades grandes e pequenas, cidades médias, não vejo o tamanho da cidade como justificativa da cordialidade ou não da mesma. Já experimentei a hostilidade espelhada da cidade de São Paulo e a amabilidade com cheiro de pão freco da cidade de Guaxupé (Minas Gerais). As cidades são exatamente como são as pessoas que nela moram! Em uma cidade grande é fácil diluir a culpa/responsabilidade pela atmosfera bélica que vigora no trânsito, na fila do supermercado, em uma entrevista para emprego. Já recebi e-mail em São Paulo dizendo que ia incenerar meus documentos pois não havia sido selecinada para uma vaga. Isso foi indelicado. Mas há alguém por trás dessa ação. Só que em uma cidade com 10 milhões de habitantes sendo tantos ninguém é o autor. Conveniente. Mas é irreal. A cidade é quem mora nela. Se a cidade é ruim, sinto muito, as pessoas que moram nela precisam rever como se comportam. Sendo assim, poderia haver cidades pequenas terríveis também. Estou morando em uma cidade assim no momento. Uma cidade que tem tudo para ser uma tetéia de cidade, mas por conta das pessoas que nela vivem, não é nada delicada a convivência. A delicadeza que está em cada um de nós se reflete na cidade em que vivemos.

ANONADAS: MINISTRO POETA

ANONADAS: MINISTRO POETA

domingo, 27 de julho de 2008

Nossas listas estão incompletas...

Nossas listas estão incompletas...Por isso resgatei nossas três listas dos posts mais antigos pra que voltemos a trablahar nelas. Aí estão, mão na massa!

Lista de delicadezas
1) Sorrir, sempre que possível
2) Olhar para as pessoas de maneira hospitaleira, sempre que possível (usar o bom senso em situações perigosas, tentando evitar "acolher com o olhar" assaltantes em potencial, se é que podemos avaliar isso...
3) Ajudar a carregar pacotes independente de idade, sexo, sempre que a pessoa estiver visivelmente desajeitada e com dificuldades em locomover-se por conta dos embrulhos que transporta
4) Levar uma fatia para um vizinho, um colega de trabalho, um amigo, o porteiro do prédio, quando fizer uma receita nova ou a velha receita de família
5) Trocar de lugar no cinema para permitir que namorados se sentem juntos
6) Trocar de lugar em transportes coletivos para que famílias e amigos não viajem separados
7) Ler embalagens e rótulos para pessoas que apresnetem dificuldades de leitura em supermercados
8) Preencher passagens de ônibus para pessoas que têm dificuldade de leitura e escrita
9) Providenciar vasos com flores em casa e nos ambientes de trabalho
10) Enviar cartões postais para amigos e parentes quando viajar

11) Elogiar sempre que houver motivo para isso a roupa da colega, o novo corte de cabelo, as idéias inovadoras, o perfume
12) No corre-corre da vida, gastar uns minutinhos a mais pra dar uma esticadinha numa conversa, é uma manifestação de delicadeza. Sabe naquelas situações que você encontra alguém no elevador, na rua, enfim, e sua vontade é de apenas dizer um "oi" no máximo um "tudo bem?" porque você está com pressa? Mais ai você sente que aquela pessoa quer (muitas vezes, precisa) de um pouco mais de atenção, ai esticar um pouquinho o papo e de preferência fazer um elogio, se faz a delicadeza.

Pacote básico de atitudes educadas1) Cumprimentar as pessoas ao chegar e ao sair, ao entrar em um elevador, ao cruzar pela rua...
2)Ao solicitar uma tarefa a outra pessoa, usar "por favor"
3)Ao esbarrar de maneira "bruta" em uma pessoa, em seu corpo físico ou em suas idéias, pedir "desculpas"
4)Calcular espacialmente o território que seria de domínio do outro e manter sempre uma certa distãncia, evitando assim desconfortos e eventuais esbarrões (exemplos: filas de caixas eletrônicos, correios, balcões de espera e ao esperar no farol para atravessar a rua)
5)Ao entrar em um local, só cruzar a porta depois que as pessoas que desejam sair tiverem saído
6)Dar sempre preferência aos idosos, disponibilizando assentos, carregando sacolas, repeitando a prioridade em fillas
7) O mesmo dito no item 6) em se tratando de grávidas e pessoas portadoras de necessidades especiais
8) Não palitar os dentes na mesa
9) Não liberar gases ou ruídos corpóreos em ambientes públicos intencionalmente e/ou despreocupadamente, mesmo que digam que estas são práticas naturais em países ricos (fala sério!)
10) Não converse em outra língua junto de pessoas que não falem o idioma, a não ser em situações específicas e com tradução simultânea
12)Não mudar de canal de televisão sem consultar os presentes (o famoso "mudar na cara")

Lista de Indelicadezas
1- escutar, dentro do transporte público, walk-man (mp3, mp4...)num volume alto, exagerado. Ninguém merece ter que escutar, por exemplo, um funk da pesada sem gostar do estilo.
2- perguntar para uma mulher fora do peso se ela está grávida (avalie antes e se tiver dúvidas, não pergunte!)
3- perguntar para alguém que acabou de terminar um relacionamento "quem quis acabar" (ai que rudeza é isso meu Deus!
4- entrar no transporte público (na hora do rush, tudo lotado, povo espremido) com a mochila nas costas. Só atrapalha!

terça-feira, 22 de julho de 2008


“Para a arte de viver, é preciso saber a arte de ouvir, sorrir e ter paciência... sempre” - Herman Hesse

Delicadeza ou milagre?

Que os maridos (homens, namorados e similares) são absolutamente de pouca delicadeza, todas nós (as mulheres) já sabemos!

Aliás, quase carecas de saber...

Mas, ultimamente tenho vivenciado um fenomeno que me causa grande estranheza.

Meu marido está gentil!

Há dois anos cozinho para ele.
Eu nunca tinha reparado, mas outro dia constatei que ele é delicado comigo, pois a nunca falou mal da minha comida.

É verdade, nunca falou!

E eu admito: eu cozinho muito mal!
Mas é muito mal mesmo...

E ele me surpreende comendo com a melhor boca do mundo e ainda tece elogios discretos.

Acostumado com a comidinha da vovó, faço idéia de como sente diferença da minha comida ...
No entanto a delicadeza (que não sei de onde brota) faz com que ele nunca, jamais, nem uma vez se quer tenha falado que minha comida estava ruim!

Não sou uma "Amélia" profissional e cá para nós, não levo muito jeito - faço grandes estragos no lar no quesito "limpeza".

Já manchei muitas roupas, cuecas e meias dele.
Passo uma roupa que dá vergonha!

Ele, que trabalha de branco, gentilmente nunca se envergonhou de sair com seus jalecos "cinzas" ou mesmo no tom "prata".
(O prata é mais difícil de alcançar, é quando a sujeira não saiu na máquina e ao passar com o ferro ela cria brilho!) hehe

Eu me empenho - é verdade!

Mas minhas tentativas sempre são frustadas, ainda assim, meu marido com sua delicadeza nunca me ofendeu!

Delicadeza ou milagre?!
Eu não sei!

Acho que esta delicadeza é um misto de amor com medo, medo pois sou muito brava, e ele tem medo de comentar algo que eu não goste!

Mas mesmo que seja um tiquin de medo, é uma grande porcentagem de DELICADEZA!

Constato: Quem ama é delicado!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Lista de Indelicadezas


1- escutar, dentro do transporte público, walk-man (mp3, mp4...)num volume alto, exagerado. Ninguém merece ter que escutar, por exemplo, um funk da pesada sem gostar do estilo.
2- perguntar para uma mulher fora do peso se ela está grávida (avalie antes e se tiver dúvidas, não pergunte!)
3- perguntar para alguém que acabou de terminar um relacionamento "quem quis acabar" (ai que rudeza é isso meu Deus!
4- entrar no transporte público (na hora do rush, tudo lotado, povo espremido) com a mochila nas costas. Só atrapalha!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Vamos compor?

Dúvida cruel, vamos fazer uma lista de indelicadezas? Só a idéia me arrepia, mas penso que pdoeria se rmuito útil para aqueles que cometem indelicadezas repensarem suas práticas e uma oportunidade para cada um de nós rever o que anda fazendo...Vamos compor esta lista?

Lista das delicadezas feitas para Ana Paula

Inicio aqui as "listas de delicadezas" pessoais e transferíveis (reproduzíveis!) para que todos os autores e visitantes do blog que desejarem participar possam elaborar a sua e compartilhar com todos. A idéia é contar em uma lista como as pessoas têm sido delicadas com vocês. Eu começo, espero outras listas!
1) Minha orientadora sabendo que estou em uma hora difícil cria em minha vida acadêmica todas as oportunidades para que eu vislumbre novos caminhos e siga em frente.
2) Uma pessoa estranha me ajudou a carregar as compras do supermercado até minha casa.
3) Meus amigos escolhem as perguntas e as palvaras para falar de certos assuntos comigo.
4) Uma pessoa estranha reajeitou-se no elevador para que eu ficasse melhor posicionada.
5) Alunos escolhem um poema de despedida no fechamento de um período letivo como consideração aos nossos encontros.
Minha lista vai continuar, estou aquecendo minha memória...

sábado, 12 de julho de 2008

Seja delicado com você!


Muitas vezes somos indelicados com a gente mesmo. Temos os nossos limites, seja físico, emocional, moral, financeiro, enfim, mas muita gente esquece disso e exagera. A pessoa quer correr 10Km, mas seu corpo só aguenta 5Km, por que forçar a barra? Você já fez as contas, seu orçamento permite que você compre um fusca, por que comprar uma Ferrari e depois ficar noites em claro pensando na dívida? Vocês brigaram, você está mal com a situação, por que não dar o braço a torcer e buscar o entendimento? São muitas as situações que sem perceber, somos indelicados com a gente mesmo. Isso não vale. O "Movimento Delicado" tem que ser de você e para você também!(Escrito por Renata)

Seja delicado com você, parte II!
Continuo buscando compreender e definir delicadeza, especialmente confrontando-a com a definição de educação. Ao falarmos de "delicadeza voltada pra si mesmo", percebemos que definitivamente delicadeza e educação são de naturezas distintas! Não somos educados com e para nós mesmos, mas podemos ser delicados! Parece que a educação é mesmo um acordo de convivência no qual encontra-se embutido a idéia de agradar/desagradar associada a condição de ficar bem na fita ou ser socialmente punido (mesmo que seja com um olhar de reprovação...). A delicadeza não aparece associada a vantagens, podendo até mesmo trazer prejuízos a quem a pratica (por exemplo, investir seu tempo para ouvir alguém que precisa ser ouvido, como mencionado no post anterior, tempo precioso..). Nesse sentido, a delicadeza para os outros pode ser altruísta! Enquanto a educação sofre a regulação do olhar do outro, a delicadeza é regulada pelo coração! E a delicadeza feita para si mesmo? A delicadeza feita para si mesmo, é a forma mais genuína de bondade! Só podemos ser delicados com nós mesmos quando reconhecemos/admitimos o maltrato e desejamos um pouco de bondade em nossas vidas. Só podemos ser delicados com os outros, quando sabemos ser delicados com a gente mesmo....(Escrito por Ana Paula Bossler)

DUETS

Quem já viu esse filme?
nesse filme cheio de delicadezas e indelicadezas tem uma frase que me marcou." e o mundo perdeu a fineze?" uns do protagonistas do filme parece se desencantar cm o mundo pela falta de delicadeza, e ele encontrará de uma maneira muito linda e triste. Assistam, vale conferir.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Músicas Delicadas I


O cd QUALQUER, do Arnaldo Antunes é uma fonte de delicadeza. Escolhi uma música que acho linda (muitas outras são) pra postar aqui, vale a pena escutar todas. Espero que gostem!

Da aurora até o luar
Arnaldo Antunes / Dadi Carvalho - 2005

quando você for dormir
não se esqueça de lembrar
tudo que aconteceu
da aurora até o luar

olho de janela
nuvem de algodão
pele de flanela
sopa de vulcão
borda de caneca
bola de papel
ferro na boneca
lágrima de mel

toda noite lembra o que aconteceu de dia
sonha para o sono vir

quando você for dormir
quando você se deitar
deixa o pensamento ir
sem ter nunca que voltar

música vermelha
pássaro de flor
chuva sobre a telha
beijo de vapor
riso no escuro
lua de beber
voz detrás do muro
medo de morrer

toda noite cria o que acontecerá de dia
para o novo dia vir

quarta-feira, 9 de julho de 2008

TEMPO (lista de manifestações de delicadeza)


No corre-corre da vida, gastar uns minutinhos a mais pra dar uma esticadinha numa conversa, é uma manifestação de delicadeza. Sabe naquelas situações que você encontra alguém no elevador, na rua, enfim, e sua vontade é de apenas dizer um "oi" no máximo um "tudo bem?" porque você está com pressa? Mais ai você sente que aquela pessoa quer (muitas vezes, precisa) de um pouco mais de atenção, ai esticar um pouquinho o papo e de preferência fazer um elogio, se faz a delicadeza.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Sonho delicado....

Sonhei que estava voltando da escola, com quarenta anos. Quem encontrei em casa foi Deus, de avental, preparando o almoço. Ele me deu um beijo na testa, como fazia meu avô. E como também fazia meu avô, disse, com os devidos ajustes como sujeito da fala: "Te abençoo". Enquanto eu colocava o material no quarto, Ele me chamou. "Filha, tenho uma surpresa! Hoje vamos pular o almoço e ir direto para a sessão da tarde! Fiz chocolate quente e bolo peteleco! Mexi uns pauzinhos lá no céu e mesmo sendo verão providenciei um friozinho pra gente ver o filme debaixo dos cobertores! E tem mais...dá uma olhada na sala pra ver quem está lá!" Corri até a sala e lá estava a Laica, minha primeira cadela amarela, deitada sobre o sofá, abanou o rabo pra mim! Que saudade eu sinto daquela cachorra, meu Deus. "Eu sei...". E que filme vai passar na sessão da Tarde, Deus? "Que pergunta! Claro que vai ser a História de Elza!". Chorei muito com o filme. Deus me consolou, mas pude ver que ele também havia se emocionado. A Laica lambeu minhas lágrimas, deitadinha sobre meus joelhos. Que filme lindo! Fez-me querer ser bióloga! Quando o filme acabou, Deus me confidenciou que os leões eram seus bichos preferidos, os mais bonitos. Disse também que deu uma mãozinha pro cara que fez a trilha sonora do filme, soprando uns acordes no ouvido dele. Eu fiquei com uma quentura no coração...Ter Deus assim só pra mim, tão pertinho, cuidando de mim...Disse pra Deus que minha vida não estava boa, que tinha feito muitas escolhas erradas. "Ô filha...Tenha fé, esperança e amor...tudo vai se ajeitar...". E eu queria não acordar, queria poder morar pra sempre naquela tarde...

sou delicada com minhas grosserias

palavras são armas de delicadeza e de indelicadeza... vc pode dizer coisas indelicadas e de maneiras delicadas? acho que sim depende da hora e do lugar...A forma de dizer uma grosseria as vezes pode ser delicado? acho que sim, depende do tom que for dizer, o lugar e a hora tb colaboram. tudo é uma questão de jeitinho... Tipo: sua...cjahc rf, vc é um grandissimo....xpqueryytnasjkdh, olha sua atitude foi muitcrf cbrfxrbfrf. vc conseguiria falar o que sente na hora do ódio e ainda ser delicado?
Como é complicado isso. Acho que não sou nada delicada...sou uma falsa delicada,acho que não to sendo grosseira e ao mesmo tempo tô, mas quer saber, preciso ir trabalhar nessa oficina mais pra saber ser delicada ou realmente vou me perder nesse mundo de gente falsa delicada, falso gordo, falso gentil, falso honesto, falso político, mundo falso...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Filmes Delicados II

Pensei em colcar uma imagem do filme, mas encontrei esta belezura aí e não resisti a "afanar a imagem da web" (o artista que fez a colcha e o autor da foto me perdoem, se passarem pro aqui falem comigo que eu mencioanrei vocês com todo prazer!). Vamos lá, o filme delicado aqui comentado foi lembrado por nossa amiga Regina (também autora do blog!) e chama-se Colcha de Retalhos (1995). Uma jovem em crise convocada a se decidir sobre um relacionamento e concluir um mestrado(eca!), afasta-se (ou deveria dizer foge?) e vai para casa da avó para terminar o trabalho e pensar na vida. A avó mora em uma linda casa na qual reune semanlmente algumas mulheres para costurar. O grupo resolve fazer para a jovem uma colcha. cada uma recebe um retalho e nele borda e aplica tecido represnetando imagens cheias de significado. Enquanto costuram, conversam...Amores verdadeiros não consumados, separações, traições, sonhos atracando-se com idelaizações da juventude... Mulheres tentando fazer o melhor possível com o que a vida lhes ofereceu! Eu já tive a sorte de participar de um grupo de mulheres assim, costuravam para o bazar da igreja. Eu era a mais jovem do grupo, tinha 20 e poucos anos e entre um ponto de bordado e outro ouvia as histórias saídas do coração daquelas mulheres. Nós, mulhres devíamos nos reunir dessa forma mais vezes...Eu AINDA não fiz uma colcha de retalhos...mas farei...minha vida tá sendo tecida...

domingo, 6 de julho de 2008

Indelicadezas...

Eu sei que este blog é para falar de delicadezas. Mas é impressionante que buscando na memória exemplos de delicadeza, aparecem com uma frequência muito maior situações de indelicadeza. Inclinação mental, definir algo por seu contrário. O que não é feio, é belo. O que não é rico, é pobre. O que não é indelicado, é delicado. Ou seria melhor dizer, se você não consegue ser delicado, pelo menos não seja indelicado procedendo assim. Uma curiosidade sobre estes pensamentos recorrentes de indelicadeza, é que a maioria destes exemplos acontecem na vida a dois e têm como autor os homens. Como os homens conseguem ficar tão a vontade com a grossura? Eu me nego a aceitar que essa seja uma características masculina, todos são moldados para serem trogloditas, mesmo quando apresentam-se como intelectuais. Na prática, todos nós (e arrisco dizer que você leitor também faz parte desta turma) já presenciamos maridos, namorados, companheiros sendo profundamente indelicados com suas parceiras, em público (visto que presenciamos) ou em espaços privados (quando nos confidenciam chorosas suas mulheres!). A aparência é a fonte mais comum das indelicadezas: as esposas estão fora de peso, são mal vestidas, têm mau gosto, não sabem arrumar os próprios cabelos...Com isso as mulheres ainda podem lidar, mas há ainda as indelicadezas pertencentes ao campo do invisível: vozes irritantes, gargalhadas exageradas, inteligência duvidosa...Se de fato a mulher apresenta um destes problemas ou dificuldades, não haveria uma maneira mais suave de se tocar nestes pontos? Outra pergunta muito útil, será que ser delicado ás vezes não é exatamente enxergar certas coisas mas se calar sobre elas, provisoriamente (dando um tempo para que a realidade mude) ou indefinidamente (afinal algumas coisas não podem ser mudadas...mas elas sempre foram assim, porque estes beócios escolheram estas mulheres então?). Escolher o que falar, como falar e quando falar. Rapazes, não é muito difícil fazer estas três perguntas antes de manifestar uma opinião sobre sua mulher. Tenho certeza (tenho mesmo!) que as mulheres pensam sobre isso com muito mais constância. É menos comum uma mulher disparar uma indelicadeza em público, referindo-se ao emprego de terceira categoria do esposo, da não titulação do conjuge, da falta de traquejo social dele (tantas vezes socorrido pela esposa!), das calças que não fecham mais na cintura, das muitas mancadas domésticas relacionadas a serrar, pregar, colar...Poderia dizer (e provavelmente muitos leitores devem estar pensando nisso) que as mulheres não deveriam poupar seus parceirtos e sempre que sentissem vontade de comentar estes detalhes, mesmo que em público, deveriam comentar. Mas, em um site sobre delicadeza, não esperem que eu apregoe a lógica do "pagar na mesma moeda"! Eu só pediria um pouco de delicadeza nas relações nas quais a delicadeza devia ser o tom absoluto...

PS: Eu tenho saudade de homens que sabiam tão pouco sobre moda, tintas de cabelo, tratamentos de pele...não sabiam diferenciar bege de branco...agora os caras são tão "entendidos" destas coisas...

Filmes delicados I

O Fabuloso destino de Amelie Poulin é um filme delicado. Já ouvi críticos dizerem que é superficial, água com açúcar. Penso que o filme é uma celebração da diversidade, com seus muitos tipos divertidos e verdadeiros. Há bondade também. Fé e esperança em dias melhores. A Amelie é uma figura doce sim, mas não diria superficial. Ela encontra estratégias delicadas para desembrutecer sua realidade. Envia vídeos com imagens inusitadas para um vizinho que não pode sair de casa, mergulha os dedos em sacos de cereais e grãos, ajuda pessoas se encontrarem...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Lista de manifestações de delicadeza



1) Sorrir, sempre que possível
2) Olhar para as pessoas de maneira hospitaleira, sempre que possível (usar o bom senso em situações perigosas, tentando evitar "acolher com o olhar" assaltantes em potencial, se é que podemos avaliar isso...)
3) Ajudar a carregar pacotes independente de idade, sexo, sempre que a pessoa estiver visivelmente desajeitada e com dificuldades em locomover-se por conta dos embrulhos que transporta
4) Levar uma fatia para um vizinho, um colega de trabalho, um amigo, o porteiro do prédio, quando fizer uma receita nova ou a velha receita de família
5) Trocar de lugar no cinema para permitir que namorados se sentem juntos
6) Trocar de lugar em transportes coletivos para que famílias e amigos não viajem separados
7) Ler embalagens e rótulos para pessoas que apresnetem dificuldades de leitura em supermercados
8) Preencher passagens de ônibus para pessoas que têm dificuldade de leitura e escrita
9) Providenciar vasos com flores em casa e nos ambientes de trabalho
10) Enviar cartões postais para amigos e parentes quando viajar
11) Elogiar sempre que houver motivo para isso a roupa da colega, o novo corte de cabelo, as idéias inovadoras, o perfume
12)No corre-corre da vida, gastar uns minutinhos a mais pra dar uma esticadinha numa conversa, é uma manifestação de delicadeza. Sabe naquelas situações que você encontra alguém no elevador, na rua, enfim, e sua vontade é de apenas dizer um "oi" no máximo um "tudo bem?" porque você está com pressa? Mais ai você sente que aquela pessoa quer (muitas vezes, precisa) de um pouco mais de atenção, ai esticar um pouquinho o papo e de preferência fazer um elogio, se faz a delicadeza.

Pacote básico de educação

Vamos fazer uma lista de atitudes educadas básicas para um convoívio civilizado? Quem quiser participar e for apenas visitante, comente e eu acrescento a sugestão na lista, ok? Vamos a nossa lista:
1) Cumprimentar as pessoas ao chegar e ao sair, ao entrar em um elevador, ao cruzar pela rua...
2)Ao solicitar uma tarefa a outra pessoa, usar "por favor"
3)Ao esbarrar de maneira "bruta" em uma pessoa, em seu corpo físico ou em suas idéias, pedir "desculpas"
4)Calcular espacialmente o território que seria de domínio do outro e manter sempre uma certa distãncia, evitando assim desconfortos e eventuais esbarrões (exemplos: filas de caixas eletrônicos, correios, balcões de espera e ao esperar no farol para atravessar a rua)
5)Ao entrar em um local, só cruzar a porta depois que as pessoas que desejam sair tiverem saído
6)Dar sempre preferência aos idosos, disponibilizando assentos, carregando sacolas, repeitando a prioridade em fillas
7) O mesmo dito no item 6) em se tratando de grávidas e pessoas portadoras de necessidades especiais
8) Não palitar os dentes na mesa
9) Não liberar gases ou ruídos corpóreos em ambientes públicos intencionalmente e/ou despreocupadamente, mesmo que digam que estas são práticas naturais em países ricos (fala sério!)
10) Não converse em outra língua junto de pessoas que não falem o idioma, a não ser em situações específicas e com tradução simultânea
12)Não mudar de canal de televisão sem consultar os presentes (o famoso "mudar na cara")

Educação, delicadeza e barbáries "normais"


A delicadeza tem sido tema frequente em minhas conversas, não por ser comum, algo corriqueiro a ser comentado, mas por ser figurinha rara. Afinal, o que seria uma delicadeza? Alguém dizer "bom dia", "com licença", "desculpe" e "por favor"? Estas não seriam manifestações de educação? Qual seria a fronteira entre um comportamento educado e uma maneira delicada de agir? Em um mundo no qual a selvageria e a bárbarie passaram a ser definidas com "normais" ser educado passa a ser interpretado como ser delicado. Mas é preciso distinguir uma coisa de outra, recolocar estes valores em seus devidos lugares. Talvez comportamentos educados possam ser associados ao que é obrigatório para um convívio civilizado. Se piso no pé de uma pessoa no ônibus, peço desculpas. Se um jovem oferece seu assento a uma pessoa mais velha no ônibus, esta responde "muito obrigada". Mas se este mesmo jovem oferece seu lugar a mim, uma não idosa, ele não só foi educado, mas foi delicado também. Talvez pudéssemos neste blog trabalhar na confecção de listas: lista de comportamentos educados e lista de delicadezas! Vamos trabalhar nisto?